Emergentes (PMEs) em busca de Oportunidades

Crescer ou vender ?

Essa espécie de dilema se impõe aos lideres das pequenas e médias empresas quando analisam seu futuro no Brasil desta década. Pode ate soar como uma espécie de “clichê corporativo” ou lugar comum no mundo dos negócios , mas, definitivamente, a busca de se manter em rota de crescimento evitar o seu desaparecimento no mercado se tornou uma preocupação ainda mais forte dos gestores das organizações emergentes do País. A perspectiva de continuidade de expansão do PIB brasileiro nos próximos anos, tendo como sinal robusto do sucesso a iminente expansão de ingressos de capitais – recursos esses potencializados pela realização dos eventos esportivos Copa do Mundo, em 2014, e Jogos Olímpicos, em 2016-, desperta a percepção de que somente as empresas mais preparadas e qualificadas terão condições de enfrentar o reordena mento que a economia domestica já parece estar promovendo no sentido de se transformar em um mercado maduro.

A 5ª. edição da pesquisa “As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) que mais crescem no Brasil”, realizada pela Deloitte em parceria com a revista EXAME PME, dá o tom de como os empresários almejam pegar carona no crescimento econômico brasileiro para fazer seus negócios prosperarem nos próximos anos. Das 330 organizações que compõem a amostra – 200 das quais se classificaram para o ranking das que mais cresceram nos últimos 3 anos encerrados -, ao olharem para o horizonte dos próximos 3 a 5 anos, 73% indicam que a expansão de suas atividades esta atrelada ao controle de custos, enquanto 71% apontam para investimentos em recursos humanos, mesmo índice da citação “relacionamento e fidelização de clientes”.

Chama a atenção no estudo o indicativo de que 52% dos empresários entendem que a prosperidade futura se condiciona ao aumento do nível de governança corporativa. Ao analisar a expansão dos negócios nos últimos 3 anos, 29% dos respondentes vincularam seu desempenho ao tema “governança”, e, sobre os resultados a serem conquistados pela organização em 2010, a relevância do mesmo item foi indicada por 39%, “É muito significativo o patamar de empresários que percebem que se não melhorarem a governança de seus negócios não vão prosperar”, cita o sócio da Deloitte Ronaldo Fragoso. “Há 3 anos, o assunto governança era praticamente nulo na agenda desses empresários.”

Fusão e aquisição

Outro destaque de levantamento da Deloitte está relacionado às estratégias que as empresas pretendem priorizar para a condução do crescimento: 58% dos gestores apontam para a “realização de alianças e/ou parcerias”. Para se ter referência de como o item “fusão e aquisição” entrou de vez na agenda estratégica das PMEs, a mesma pesquisa informa que, ao analisarem os últimos 3 anos, essa pratica foi aplicada por 34% dos participantes e, em 2010, esta no planejamento de 52% dos administradores.

Texto resumido da Revista Deloitte Mundo Corporativo no. 29 ( Jul – Set 2010)