Base da pirâmide é mesmo para sua empresa ?
Buscar o pote de ouro em alguns dos mercados mais difíceis do mundo pode não valer a pena para sua empresa. Veja se esse é o seu caso.
Sua empresa preenche requisitos ?
Eis um punhado de perguntas que todo executivo e empreendedor deve fazer sobre a própria empresa antes de partir para mercados na base da pirâmide.
1) Podemos administrar grandes volumes de transações de baixas margens e baixo valor ?
Empresas cujo modelo de negócios dependa da geração de altas margens em cada estagio da cadeia de valor dificilmente terão sistemas de produção e distribuição adequados para mercados de baixa renda.
2) Podemos trabalhar com mercados informais ?
Uma empresa cujas praticas de distribuição dependam, por exemplo, de uma correta documentação comercial ou de certificação de fornecedores pode se sentir pouco à vontade atuando na base da pirâmide.
3) É possível deixar de fora custos fixos ?
A alocação de certos custos fixos, como os de TI, pode tornar novos produtos caros demais para o mercado e minar sua rentabilidade antes que tenham chance de decolar.
4) Nossos lideres tem mentalidade de longo prazo ?
Atividades de baixas margens e alto volume na base da pirâmide podem demorar mais para produzir retornos saudáveis do que atividades em outros mercados. É preciso ter fontes pacientes de capital – na África, muitas empresas afirmam que cinco anos são o horizonte de investimento previsto -, equipes exclusivas para esse mercado e lideres que defendam iniciativas apesar de retornos iniciais baixos.
5) Nossa cultura organizacional vai sufocar a inovação na base da pirâmide ?
Iniciativas nesse mercado tendem a diferir consideravelmente da principal atividade da empresa e correm, portanto, o risco de ser sufocadas por normas tradicionais que regem o desenvolvimento de novos produtos.
Bons negócios,
Laecio Barreiros