As 5 inovações que mudarão as cidades
Segundo a IBM, nos próximos cinco anos a tecnologia impactará em setores como saúde, transporte, segurança, energia e água. Veja mais detalhes sobre a 4ª edição da lista anual “IBM Next 5 in 5”.
A IBM anunciou, no início deste ano, a nova edição da lista anual “IBM Next 5 in 5″, que em 2010 traz as cidades como foco. O mundo vive um processo de urbanização sem precedentes – estima-se que 60 milhões de pessoas mudam para os grandes centros a cada ano, cerca de um milhão por semana. No último ano, pela primeira vez na história, a maior parte da população mundial estava concentrada nas cidades. Especialistas estimam que a população mundial vá dobrar até 2050.
Para ajudar o mundo a se adaptar a esse crescimento veloz, com base em tendências de mercado e tecnologias emergentes de Laboratórios IBM do mundo inteiro, a companhia elaborou uma lista com cinco inovações que poderão impactar as cidades do mundo inteiro, nos próximos cinco anos. A 4ª edição do estudo aponta as transformações que podem ajudar a melhorar significativamente o destino dos grandes centros urbanos. São elas:
– Cidades terão sistemas imunológicos mais saudáveis – “A internet da saúde”;
– Construções urbanas serão capazes de responder como se fossem “organismos vivos”;
– Carros e ônibus urbanos vão operar sem combustível;
– Sistemas inteligentes atenderão à demanda das cidades por água e economizarão energia;
– Cidades “responderão” a uma crise mesmo antes de receber uma chamada de emergência.
“A IBM está atenta às mudanças pelas quais o mundo está passando e trabalha para antecipar tendências e propor soluções que economizem recursos e beneficiem a população mundial. Acreditamos que para construir um planeta sustentável, as cidades precisam ter infra-estruturas mais inteligentes e eficientes. E a tecnologia é ferramenta fundamental para isso”, reforça Cezar Taurion, gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil.
As cidades terão sistemas imunológicos mais saudáveis
Dada a sua densidade populacional, as cidades continuarão a ser foco de doenças transmissíveis. Mas, no futuro, autoridades de saúde saberão precisamente onde, quando e como as doenças estarão se espalhando – inclusive as áreas a serem afetadas. Cientistas oferecerão às autoridades municipais, hospitais, escolas e locais de trabalho as ferramentas necessárias a fim de aprimorar a detecção, monitoramento e prevenção de infecções como o vírus H1N1 ou gripes sazonais.
Veremos uma “Internet da saúde” emergir, onde informações médicas anônimas, contidas em registros de saúde eletrônicos, serão compartilhadas com segurança para impedir a disseminação de doenças e manter as pessoas saudáveis. A IBM já trabalha com organizações do mundo inteiro como, por exemplo, o projeto de segurança e saúde global da Iniciativa de Ameaça Nuclear (NTI) e o Consórcio do Oriente Médio de Vigilância de Doenças Contagiosas (MECIDS) para padronizar métodos de compartilhamento de informações de saúde e análise de epidemias de doenças contagiosas.
Construções urbanas serão capazes de responder como se fossem “organismos vivos”
Como as pessoas migram para prédios urbanos a taxas recordes, as construções serão feitas de forma inteligente. Hoje, muitos dos sistemas que formam um prédio – aquecimento, água, esgoto, eletricidade etc – são gerenciados de forma independente. No futuro, a tecnologia que gerencia instalações irá operar como um organismo vivo capaz de perceber e responder rapidamente, de modo a proteger cidadãos, economizar recursos e reduzir emissões de carbono. Milhares de sensores dentro das construções irão monitorar desde o movimento e temperatura até umidade, ocupação e luz. O prédio não apenas coexistirá com a natureza – ele fará uso dela. Esse sistema permitirá reparos antes que alguma coisa quebre, com unidades de emergência respondendo rapidamente com os recursos necessários.
Além disso, consumidores e proprietários irão monitorar seu consumo de energia e emissão de carbono em tempo real, tomando medidas para reduzi-lo. Algumas construções já dão sinais de inteligência ao reduzir o uso de energia, melhorando a eficiência operacional e aprimorando o conforto e a segurança para os ocupantes. O Hotel China Hangzhou Dragon, por exemplo, escolheu a IBM para construir um sistema de gerenciamento de hotel inteligente, instrumentado tecnologicamente e interconectado.
Carros e ônibus urbanos vão operar sem combustível
Cada vez mais, carros e ônibus urbanos deixarão de depender de combustíveis fósseis. Os veículos começarão a utilizar novas baterias que serão recarregadas de acordo com a freqüência de uso. Cientistas e parceiros da IBM estão trabalhando para desenvolver baterias que tornarão possível para veículos elétricos viajarem até 800 Km com uma única carga. Além disso, redes inteligentes em cidades podem permitir que carros sejam recarregados em locais públicos e usem energia renovável, como a eólica, para recargas, evitando a dependência de usinas a carvão. Isso reduzirá emissões e ainda minimizará a poluição sonora. A IBM e o consórcio de pesquisa EDISON, da Dinamarca, estão desenvolvendo uma infraestrutura inteligente para permitir a adoção em larga escala de veículos elétricos alimentados por energia sustentável.
Sistemas inteligentes atenderão à demanda das cidades por água e economizarão energia
As cidades perdem um volume alarmante de água – até 50% – devido à infraestruturas com vazamentos. Para piorar ainda mais a situação, a demanda humana por água deve crescer seis vezes ao longo dos próximos 50 anos – atualmente, uma em cada cinco pessoas não tem acesso à água potável.
Tecnologias avançadas de purificação ajudarão cidades a reciclar e reutilizar água localmente, reduzindo a energia usada para transportá-la em até 20%. Medidores e sensores inteligentes serão integrados em sistemas de água, energia e esgoto, fornecendo informações precisas e em tempo real sobre o consumo, permitindo tomar melhores decisões sobre como e quando usar esse recurso e evitar a contaminação de rios e lagos.
As cidades serão capazes de prever situações de emergência – “responderão” a uma crise mesmo antes de receber uma chamada de emergência
As cidades serão capazes de prever, reduzir e até impedir situações de emergência, como crimes e desastres. A IBM já atua junto a organizações policiais para analisar a informação correta no momento certo e assim permitir que tomem medidas proativas para evitar o crime. O Departamento de Combate a Incêndio da Cidade de Nova Iorque escolheu a IBM para construir um sistema para coleta e compartilhamento de dados em tempo real, a fim de evitar incêndios enquanto protege os bombeiros. A companhia também está desenvolvendo sistemas inteligentes de barragens para proteger cidades de inundações devastadoras.
Fonte: IBM – In Press Brodeur
HSM Online
21/01/2010