Os Visionários – Homens que Mudaram o Mundo através da Tecnologia
“Os Visionários – Homens que Mudaram o Mundo através da Tecnologia”, do jornalista ORLANDO BARROZO, traça um perfil detalhado dos personagens mais importantes do mundo tecnológico. Homens como Steve Jobs, Bill Gates, Akio Morita, Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, George Lucas e vários outros que, com suas ideias, provocaram uma revolução de hábitos e comportamentos nas últimas décadas.
Resenha
Do celular ao iPad; do vinil ao CD e ao MP3; do videocassete ao DVD e ao Blu-ray; das calculadoras de mão aos notebooks; das origens da internet ao Twitter e ao Facebook; das enciclopédias em grandes livros impressos à Wikipedia e ao Google; do Super-8 ao YouTube; das livrarias convencionais à Amazon e às redes de comércio eletrônico; da televisão em preto & branco aos satélites e à TV por assinatura – em 258 páginas, “Os Visionários – Homens que Mudaram o Mundo através da Tecnologia” relata boa parte da própria história da tecnologia. São, ao todo, 21 capítulos, cada um deles dedicado a um aspecto dessa evolução, contada a partir dos anos 1940, logo após o fim da 2a. Guerra Mundial.
Segundo o autor, apesar da enorme destruição que causou, o conflito entre as grandes potências acabou contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias como a comunicação por satélite, a telefonia celular e os chips de computador. O aumento dos investimentos em pesquisas, especialmente no período da Guerra Fria e da corrida espacial (entre as décadas de 1950 e 1970), está por trás da expansão de países como Estados Unidos, Japão, Alemanha e Grã-Bretanha, de onde veio a maior parte das tecnologias que sustentam a indústria eletrônica de consumo.
“Não é um livro para especialistas”, diz Barrozo. “Procurei centrar a narrativa nos criadores das empresas que nos deram todos esses avanços tecnológicos. O traço comum entre eles é que foram apaixonados por suas ideias. Souberam antecipar tendências, daí por que os chamo de ‘visionários’. E lutaram com todas as forças, superando a descrença e às vezes a falta de recursos, para colocar de pé os seus projetos. Por isso, o livro pode ser útil a empreendedores de modo geral, a toda pessoa que tem uma boa ideia e não sabe como transformá-la num bom negócio. A história desses visionários nos dá boas pistas a respeito”.
O capítulo dedicado a Steve Jobs, por exemplo, narra em detalhes a história da Apple, hoje considerada a empresa mais inovadora do planeta. Segundo o autor, em 1986 Jobs foi demitido da própria empresa que havia fundado em 1975, e publicamente humilhado, por ter cometido erros na administração do negócio. Dez anos depois, com a Apple semi-falida, Jobs foi chamado de volta e construiu uma verdadeira usina de inovações em design e tecnologia. “Isso não aconteceu sem muito sofrimento e brigas”, conta Barrozo. “Jobs ganhou fama de ser uma pessoa intratável e um executivo tirânico. Mas é, sem dúvida, um gênio como designer e empreendedor”.
Outros visionários
O livro conta ainda, com enfoques variados, a trajetória de outras personalidades que fundaram empresas inovadoras e ajudaram a detonar uma revolução de comportamentos e de consumo, principalmente nos últimos vinte anos:
*Bill Gates, cofundador da Microsoft, a primeira empresa que fez sucesso vendendo software para computadores;
*Akio Morita, cofundador da Sony, multinacional japonesa responsável por produtos como Walkman, CD, DVD, videocassete e Blu-ray;
*Mark Zuckerberg, criador do Facebook, a maior rede social do planeta, hoje com mais de 600 milhões de usuários;
*Sergey Brin e Larry Page, cofundadores do Google, site de buscas que é hoje o mais visitado do mundo;
*Konosuke Matsushita, fundador da Panasonic, que revolucionou a indústria japonesa com métodos gerenciais absolutamente inovadores para sua época;
*Jeff Bezos, que ao fundar a Amazon.com criou a indústria do e-commerce;
*Jimmy Wales, criador da Wikipedia, a primeira enciclopédia virtual do planeta.
*George Lucas, que revolucionou o cinema ao adotar as tecnologias digitais na produção e na distribuição de seus filmes;
*Arthur C. Clarke, cientista e escritor que foi o primeiro a delinear o funcionamento dos satélites de comunicação;
*Michael Dell, inovador da indústria de informática com o aperfeiçoamento da cadeia de fornecimento (supply-chain);
*Ted Turner, o primeiro a criar uma rede de TV 24 horas (a CNN) e influenciar audiências no mundo inteiro;
*Jack Dorsey e Biz Stone, fundadores do Twitter, ferramenta que transformou os hábitos de comunicação entre as pessoas;
*Niklas Zennströem, cofundador do Skype, serviço de telefonia gratuita que abalou a indústria das telecomunicações;
*Nolan Bushnell, fundador da Atari e o homem que praticamente criou a indústria dos videogames;
*Robert Pittman, criador da MTV, primeiro canal de TV totalmente voltado à música e ao comportamento dos jovens;
*Shawn Fanning e Sean Parker, criadores do Napster, primeiro serviço de compartilhamento de arquivos pela internet;
*Martin Cooper, coinventor do telefone celular e principal responsável pela disseminação dessa tecnologia;
*Chad Hurley e Steve Chen, criadores do YouTube, o site de vídeos mais visitado do mundo.
O livro de Orlando Barrozo traz ainda um capítulo dedicado a Vint Cerf, Tim Berners-Lee e outros cientistas considerados os “pais da internet”, revolução iniciada no final dos anos 1960 e que se tornou a mídia mais influente dos últimos vinte anos. Outros “visionários” retratados pelo livro são Vic Hayes, principal idealizador das redes sem fio; Fujio Masuoka, descobridor da memória flash; Linus Torvalds, criador do sistema operacional gratuito Linux; Marc Andreessen, inventor do Netscape, primeiro navegador de internet; Jeff Hawkins, inventor dos palmtops, precursores dos smartphones e dos tablets; e Nicholas Negroponte, criador do Media Lab, maior laboratório de pesquisas sobre inclusão digital do planeta.